A evolução da música

Foto capturada no site www.voluntariadoempresarial.com.br

Bastou o homem fazer um pequeno orifício no osso de uma ave, para soar um trinado. O barulho facilitou a caça, atraindo certos pássaros. Em outras civilizações, foram os primeiros batuques ou mesmo os chocalhos que atraíram a atenção dos humanos.

Enquanto as gerações posteriores tentavam decifrar o que surgiu primeiro, se a flauta ou o tambor, a música já evoluíra o bastante para contar com diversos instrumentos musicais, divididos entre três grandes grupos: sopro, percussão e cordas.

Tocados isoladamente ou em grupos harmônicos, proporcionam músicas que refletem os costumes de uma época. Seguem evoluindo, adaptando-se ao meio, tentam sobreviver o máximo possível e passam por aprimoramentos infindáveis.

Mas, se ao invés de tentar imitar o trinado dos pássaros, o homem usasse a sua própria voz para acompanhar os instrumentos ou se fazer acompanhar? A música uniu os sons extraídos dos instrumentos às vozes humanas, elevando o espírito a um campo celeste, “de natureza divina e de tal beleza que encanta a alma e a eleva acima da sua condição”, segundo palavras do filósofo Aristóteles.

O cineasta, pintor, ilustrador, historiador, escritor e fotógrafo Pablo Morales de los Ríos sintetiza a evolução da música em um vídeo ilustrado de apenas 7min. Vale a pena assistir.

Pablo Morales de los Rios – Historia de la Música (Lecciones Ilustradas)

O vídeo parte dos remotos tambores, passando pela antiguidade, barroco, Renascimento, Classicismo, Romantismo, Jazz, Blues, Rock, Pop, Heavy Metal, até chegar à música eletrônica com seus sintetizadores, sintetizando todas as fases da evolução musical.

Mas, e quando o novo não quer largar o antigo, de qualidade primorosa? Com ouvidos apurados e a ajuda de equipamentos eletrônicos, pode-se mesclar duas ou mais canções, transpondo o vocal de uma canção sobre o instrumental de outra, está criado o mashup.

The Piano Guys mesclam clássicos com música pop, sempre em cenários inusitados. Fazem sucesso estrondoso e seus vídeos são visualizados por milhões de pessoas no mundo.

Samuel (Sam) Tsui, cantor e compositor americano, conhecido por fazer versões covers, reuniu Beethoven e Beyoncé e recriou Bey-thoven. O vídeo está disponível no aplicativo Arts & Culture da Google.

Mas o mashup não se resume à mixagem do clássico ao pop, duas músicas pop podem ser perfeitamente afinadas para produção de uma nova versão. Poplamoosem, um grupo musical norte-americano da Califórnia é especialista nisso.

Como diz a música Sweet Dreams, todo mundo está procurando alguma coisa, mesmo que sejam meras reinvenções. Não sei até que ponto essas misturas violam as composições originais, mas, se por alguma razão elas elevarem seu espírito, foram direto ao ponto!


Let It Go (Disney’s “Frozen”) Vivaldi’s Winter – The Piano Guys
Bey-thoven (Sam Tsui x Carnegie Hall Ensemble Connect) Unofficial Mashup
Sweet Dreams + White Stripes Mashup | Pomplamoose ft. Sarah Dugas

Acesse também: Não nasci passarinho, Descoberta musical e Música e adolescência.

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2 comments

  1. Sensacional. Uma pesquisa primorosa nos leva a navegar na música e nos permite analisar o que o mundo atual está produzindo. Retrocesso ou evolução? Parabéns Elzinha.

    1. Oi Soledade, às vezes fico imaginando se estou envelhecendo em gosto musical. Quando vejo a música pop mixar com os clássicos, mais me convenço que tudo que é bom é durável e permanente. Muito obrigada, abraços.

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