No Rastro das Águas – Capítulos 62 e 63

(…) O cargo que assumiu adequava-se muito bem a suas pretensões profissionais. A direção da Acauan não consumia muitas energias, as diretrizes da empresa e as ações a serem executadas estavam previamente determinadas pelos acionistas majoritários. Já passando dos sessenta, José Bezerra adaptou-se bem à nova atividade e pôde dispor de tempo para cuidar de suas fazendas. A Acauan começou a produzir no final de 1970, quando o currais-novense Cortez […]

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No Rastro das Águas – Capítulos 60 e 61

(…) José Bezerra assistiu a tudo entusiasmado, mesmo temeroso pelas transformações sociais; era característica sua colocar-se a par dos episódios marcantes da História. Sabia que aquele passo era grande demais para humanidade, reflexo do desenvolvimento da tecnologia. Acompanhou a volta dos heróis mundiais e se perguntou até onde o homem iria aventurar-se. Ao mesmo tempo, sentia-se diminuto em face dos acontecimentos. Se para ele, a ida do homem à Lua […]

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No Rastro das Águas – Capítulos 58 e 59

(…) De volta ao Brasil, encontrou sua terra em preparativos para eleição que ocorreria em outubro de 1965. Aluízio Alves consolidara sua força política e consegue eleger seu sucessor, o Monsenhor Walfredo Gurgel, derrotando aquele que se tornou seu inimigo político, o ex-Governador Dinarte Mariz. O gosto pela política vai perdendo o viço em José Bezerra. O veneno da mosca azul já não fazia efeito. Perto de terminar a suplência […]

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No Rastro das Águas – Capítulos 56 e 57

(…) Em Brasília, a nova Capital Federal, inaugurada no ano anterior por Juscelino, o Presidente Jânio da Silva Quadros recebeu a faixa presidencial na mesma data. Numa vitória avassaladora, a UDN, finalmente, saíra vencedora nas urnas. Como a legislação eleitoral permitia, o Vice-Presidente eleito foi o petebista, João Goulart, ex-Ministro do governo Vargas, que disputou o cargo em outra coligação. Capítulo 56 A chegada da UDN ao poder nacional é […]

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No Rastro das Águas – Capítulos 54 e 55

(…) Nesse meio tempo, um acontecimento histórico no futebol brasileiro veio amenizar o sofrimento causado pela seca. A Seleção Brasileira deslumbrou os torcedores que lotaram os estádios suecos, durante a realização da Copa do Mundo. Nos pés de Vavá, Didi, Garrincha, Newton Santos, Zagalo, Belini, e no jovem prodígio, Pelé, a bola traçava o caminho certo para o gol. Do lado brasileiro, Gilmar esbarrava a pretensão dos adversários. Jogando com […]

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No Rastro das Águas – Capítulos 52 e 53

(…) O Rio Grande do Norte mantinha-se como estado agrícola, distante da industrialização que se processava no centro-sul. Nas terras potiguares, a indústria era representada, apenas, pelas usinas algodoeiras e por umas poucas usinas de açúcar que, paulatinamente, ocupavam o lugar dos antigos engenhos. Enquanto isso, no centro-sul, o governo de Juscelino Kubitschek, cumprindo sua meta de campanha, dava incentivos pesado para o desenvolvimento do setor industrial, acentuando a diferença […]

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No Rastro das Águas – Capítulos 50 e 51

(…) O tempo passou rapidamente e em 11 de agosto o navio Bretagne aportou na Baía de Guanabara. Felizes por chegarem ao Brasil, depois de tanto tempo fora de casa, Yvete e José ansiavam por chegar logo a Natal; antes, porém, passariam alguns dias na Capital Federal. Logo no desembaraço alfandegário, puseram-se a par das notícias. A situação era delicada e não sabiam ao certo se era conveniente permanecerem no […]

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No Rastro das Águas – Capítulos 48 e 49

(…) Ele debatia-se entre a saudade e o entusiasmo, com a transferência. Sabia que encontraria novas oportunidades na Capital, mas temia pelo destino daqueles que continuava a residir, em sua maioria, na zona rural. Com as diferenças entre o campo e a cidade acentuando-se, com o dono das terras partindo para longe das fazendas e com as constantes secas que assolavam a região, sem assistência adequada, mudanças não tardariam a […]

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