No Rastro das Águas – Capítulos 40 e 41

(…)

O dia de retornar a Currais Novos estava próximo. Antes do anoitecer, José Bezerra dirigia-se até um alto, próximo a Muriú, observando a existência de “torres” pros lados do sertão. Aguardava a noite chegar, na tentativa de vislumbrar relâmpagos na mesma direção. Seu coração estava apreensivo. Não tinha notícias de chuva, tudo indicava para mais uma seca. A lua começava a minguar, levando consigo a esperança do sertanejo. A maré morta despediu-se dos veranistas. Revigorado pela temporada no litoral, José Bezerra podia retornar à sua terra. Antes, porém, deveria passar na Capital para inteirar-se dos últimos acontecimentos da guerra.


Capítulo 40

A despeito de alguns levantes armados verificados ao longo de nossa história, o Brasil caracterizou-se, sempre, como um país pacífico. Excetuados alguns conflitos isolados, a nossa população nunca tinha participado, nem presenciado os horrores de uma guerra. Mesmo assim, os brasileiros mantinham-se ávidos pelas notícias do “front”, postavam-se à frente dos rádios, motivados pela curiosidade sobre a extensão do conflito e satisfeitos por disporem de um meio de comunicação que permitia o rápido conhecimento dos últimos acontecimentos. Alguns bravos jovens heróis até premeditavam e torciam para que o Brasil entrasse no confronto. Alheios aos sentimentos que afloram no ser humano em época de desespero, as discussões prolongavam-se, os ânimos exaltavam-se, as torcidas protagonizavam inofensivas batalhas que, pelo menos em terras potiguares, garantiam uma clara supremacias dos Aliados.

Também não poderia ser diferente. Já transcorridos mais de dois anos do início da guerra e o governo brasileiro ainda se mantinha neutro, oscilando na preferência entre os países do Eixo e os Aliados, mas adepto da política da boa vizinhança. Dentro desse contexto, os Estados Unidos prepararam nossa cidade para uma base estratégica, caso sua entrada no conflito se concretizasse. Com a ajuda dos braços potiguares, que punham, com indisfarçável presteza, seus serviços à disposição, trabalhando incessantemente, concluíram a pavimentação da pista do aeroporto de Parnamirim.

Enquanto isso, na Europa e no sudeste da Ásia, os combates intensificavam-se. O Eixo ganhava posições. A Alemanha continuava a avançar; já tinha dominado os Países Baixos e a França. Invadiu a União Soviética, mas recuou quando resolveu enfrentar Moscou e foi derrotada pelo inverno rigoroso. O Japão mantinha sua ofensiva sobre os países asiáticos. Não satisfeito, partiu para o ataque aos Estados Unidos.

Domingo, 7 de dezembro de 1941. Os japoneses atacaram Pearl Harbor, base americana no Havaí. O Japão, que em 27 de setembro de 1940 assinara o Pacto Tripartite com a Itália e Alemanha, resolveu expandir suas frentes de batalha, forçando a entrada dos Estados Unidos na Segunda Grande Guerra. Estes, por sua vez, vinham, desde 1937, preparando-se para um conflito armado, investindo em armamentos, aumentando o contingente de suas forças armadas e incrementando o intercâmbio com os demais países pan-americanos, que garantisse a utilização de possíveis territórios estratégicos no conflito mundial. Prontos para o combate, só aguardavam o acender do estopim.

A chama veio de onde não esperavam. Os Estados Unidos não acreditavam que os japoneses possuíssem autonomia para alcançar o Havaí. O ataque foi uma surpresa. A resposta foi rápida, a declaração de guerra aos países do Eixo deu-se logo em seguida. A notícia correu o mundo. A guerra tornava-se uma disputa de poder entre gigantes. Chefes das grandes nações envolvidas no conflito preparavam seus subordinados para a conquista de uma nova ordem mundial.

Na linha de frente, seguem os soldados rasos. Armas em punho, munições à mão, capacetes metálicos encaixados, mochilas nas costas, cantis abastecidos, coturnos resistentes para percorrerem caminhos tortuosos, uniformes adequados para enfrentarem o calor do verão ou o frio avassalador do inverno, cargas pesadas nas costas. Protegidos nas trincheiras, sentem quando toma sua primeira vítima, mas o sangue das demais logo anestesia os sentimentos e até servirá como ópio que os manterá à frente da carnificina. Seus comandantes alimentam seus egos; incentivam-nos: a causa é valiosa, o destino de suas pátrias está em suas mãos. Aos fracos, aos covardes, aos inferiores, só restarão a submissão, a humilhação, a opressão. Os vencedores das batalhas enchem o peito de orgulho, inebriam-se no triunfo da vitória, vestem a carapuça de dominadores, oprimem os seus dominados. O entusiasmo pela vitória encobre as próprias deficiências, subjuga o poder dos adversários. Cada nação supõe-se superior em armamento.

Longe do alcance das balas que esfacelam a dignidade e expõem o lado cru e miserável do ser humano, Natal vivencia o problema da guerra de uma forma um tanto quanto inusitada. À medida que se desenrola o conflito mundial, mais agitada fica a Capital. Por causa de sua localização, e diante da estratégia armada pelos Estados Unidos, no sentido de auxiliarem a Inglaterra na retomada europeia, via continente africano, a cidade passa a receber um contingente maior de americanos.

Quando os Estados Unidos entraram na Guerra, a pista de pouso já estava pavimentada. Logo em seguida, chegou o Primeiro Esquadrão de Patrulhamento da Marinha Americana. A cidade passava a conviver com os soldados americanos, loiros, fortes e bonitos, para deleite das moças casadoiras. Uma reviravolta começava a verificar-se nos costumes da cidade.

As relações entre Brasil e Estados Unidos estreitaram-se. Era fevereiro de 1942 e o Presidente Getúlio Vargas tinha, finalmente, definido sua posição. Anunciou o rompimento com o Eixo e cedeu aos americanos, em troca do financiamento da siderúrgica de Volta Redonda, as bases de Belém, Natal, Recife e Salvador. A época coincidiu com o retorno de José Bezerra do veraneio.

Quando chegou à Capital, inteirou-se da novidade. Só de observar o movimento, percebeu que alguma coisa muito importante estava acontecendo; ficou admirado. A cidade tinha se transformado num grande canteiro de obras, que se estendia até Parnamirim. Contrastando com as cidades europeias destruídas por intensos bombardeios, Natal vivenciava um momento de progresso, com construções por toda parte. Mais de seis mil operários trabalhavam na estrada Natal-Parnamirim, afora a mão-de-obra aproveitada na construção da base aérea, nas instalações militares, nos quartéis, na Base Naval de Refoles, nos depósitos subterrâneos para reservatórios de água e combustíveis. O ritmo dos trabalhos era acelerado. A população da Capital, que contava com aproximadamente sessenta mil habitantes, quase duplicou, em virtude de os militares aqui se instalarem, de outros tantos que passavam em trânsito, e dos operários atraídos pela disponibilidade de serviços.

Como fazia questão de estar por dentro dos acontecimentos, José Bezerra foi ter com a equipe de governo. Queria estar ciente das vantagens e desvantagens da situação para nosso Estado. Como Prefeito de sua cidade, levaria as notícias para seus conterrâneos. Prenunciava-se mais um ano de estiagem, era conveniente saber até que ponto as obras absorveriam a mão-de-obra trazida pelo êxodo rural. Discutiram sobre o afluxo monetário que chegava à cidade; a elevação dos preços em razão da procura; o dólar fazendo às vezes do mil réis; a necessidade de instalações para todos; e os novos hábitos que passavam a ser incorporados por nossos habitantes. Nesse ponto, José Bezerra esbarrava num dilema: ao mesmo tempo que gostava de se posicionar a favor do progresso, zelava por conservar os rígidos padrões de comportamento da sociedade.

Em meio ao dilema, presenciava a hospitalidade dos natalenses que, como todo Nordeste brasileiro, sempre fez questão de receber bem seus visitantes, ainda mais num caso excepcional como esse. O povo fazia de tudo para agradar aos novos habitantes. Até então, o estudo de línguas estrangeiras era restrito ao latim e ao francês, constantes no currículo escolar. Com a chegada dos americanos, o inglês passou a ser o idioma mais procurado para aprendizado. O biquinho impostado para se chegar ao sotaque francês passava a ser substituído pelo enrolado da língua para a correta pronúncia do inglês. Ávidos por demonstrarem seus recém-adquiridos conhecimentos linguísticos, as pessoas terminavam por cometerem divertidas gafes. Ao indicarem alguma praia aprazível, trocavam “beach” (praia) por “bitch” (prostituta).

Estas, por sua vez, estavam radiantes com a nova clientela, com muito dólar no bolso, para alegria dos bordéis de Natal e Macaíba. Cientes do movimento das casas de recurso, pais de famílias zelosos acirravam o controle sobre suas prendadas filhas. Não queriam que fossem confundidas com mulheres de vida fácil. Mas as moças casadoiras conseguiam, às vezes, esquivar-se da vigilância severa, em alguns casos, contando com o apoio das próprias mães, que sonhavam com um genro americano.

As jovens procuravam amenizar as disparidades de comportamento. Vivendo numa sociedade conservadora, atrasada em relação aos padrões americanos, tentavam passar uma imagem de que estavam familiarizadas com os comportamentos avançados. Enquanto que na América as mulheres já faziam charme com os cigarros, as natalenses engasgavam-se, às escondidas, tragando as marcas Camel, Lucky Strike e Chesterfield.

Mas não eram só as moças que procuravam os cigarros americanos. Eles eram muito mais solicitados pelos jovens natalenses, que chegavam a inflacionar o mercado. Com eles, tentavam, através de longas baforadas, fazer charme para as meninas e diminuir as desvantagens que enfrentavam na hora dos flertes. A parada era dura. Os oficiais americanos, de óculos Ray-Ban e portes atléticos, podiam escolher à vontade. Em pontos estratégicos às margens do Rio Potengi, mascando chicletes em tabletes, as moças postavam-se para admirar o pôr-do-sol, embelezado pela presença dos marinheiros que passavam. Nos bailes promovidos na cidade, regados a Coca-Cola, introduzida nessa época pelos americanos, os natalenses, muitas vezes, contentavam-se com a sobra dos estrangeiros.

Mas antes da palavra diversão, os americanos enfrentavam treinamento duro para a batalha. Deixando de lado o social, essencial para a boa convivência em cidade estrangeira, passaram a treinar a população para o caso de algum ataque inimigo. Logo em março, fizeram o primeiro exercício de black-out em Natal. A cidade ficou às escuras, nada de luzes nas ruas e dentro de casa, apenas se as janelas estivessem cobertas com pano escuro. A sirene dava o alarme. Os habitantes passaram a conviver com constantes exercícios, torcendo para que não passassem disso.

Era assim que Natal vivenciava a Segunda Guerra Mundial, servindo de base americana, protagonizando cenas dramáticas, cômicas e inéditas. Os costumes passavam por mudanças. José Bezerra retornou a Currais Novos, levava na bagagem muitas novidades. Não sabia se as transformações atingiriam sua terra. Se fosse para seu bem, torcia para tanto, se fosse para prejudicá-la, contava com a distância para protegê-la.


Capítulo 41

Era em Cacimba do Meio que a família de José Bezerra almoçava, todo domingo, com Seu Antônio e Tereza. Zorilda e Dulcinha observavam as meninas da redondeza, à procura de seixos pequeninos. De posse de cinco pedrinhas, escolhidas a dedo entre tantas, elas espalhavam-nas para retirarem o galo (pedra principal). Após a escolha, jogavam-na para cima, enquanto iam apanhando, uma a uma, as que ficavam no chão. O grau de dificuldade aumentava até terem que apanhar as quatro restantes de uma só vez. Zorilda tentava acompanhar as meninas, mas a sua coordenação motora ainda não permitia. Ultrapassada essa fase, partiam para outra mais difícil. Como o polegar e o indicador colados ao chão, formavam uma porteira, por onde deveriam passar todas as pedras, enquanto a principal estivesse no ar. Era assim que as meninas do sertão passavam boa parte do tempo, na brincadeira de pedrinhas. Catavam em solo pedregoso as mais apropriadas. Não encontravam muitas dificuldades em escolher as mais uniformes, tinham uma grande quantidade à disposição.

Não muito longe dali, nos arredores de Currais Novos, outras mãos procuravam outras pedras. Esperançosas, giravam a bateia à procura de seixos valiosos. As pedras, que tanto embrutecem a paisagem da região, passavam a dar frutos. O solo pedregoso, que não permitia brotar uma babugem sequer, tornara-se, de repente, a promessa de vida melhor.

Acauã cantou forte anunciando a estiagem e muitos retiraram-se com destino a Natal, em busca dos serviços oferecidos com a chegada dos americanos. Outros, pela primeira vez na vida, não deram ouvido ao agouro da ave. A seca queimava o sertão, as chuvas não chegaram, mas com a possibilidade de tirar das pedras a sua sobrevivência, o homem não abandonou sua terra. Ao contrário, Currais Novos passou a receber gente dos arredores. Visitantes misturavam-se aos nativos, encravando-se nas rochas, cobertos de poeira das pedras revolvidas. A possibilidade de descoberta da scheelita, adormecida tanto tempo em seu solo, surgiu como alternativa de renda para os currais-novenses.

A guerra não provocava mudanças apenas na Capital do Estado. Naquele ano, com sua indústria totalmente voltada para o setor bélico, os Estados Unidos passaram a comprar grande quantidade de tungstênio, minério que, por sua dureza, é largamente utilizado na fabricação de armamentos. Investigavam-se as possíveis reservas mundiais. Aqui no Rio Grande do Norte, Nestor Lima mencionou a existência de tungstênio, minério extraído da scheelita, em Acari, Parelhas e Santa Cruz, desde 1922. Em 1940 foi outorgada a pesquisa dos depósitos de Acari e, em 1941, Joel Dantas identificou a scheelita em vários pontos do Estado. O interesse comercial na scheelita atraiu a atenção de estudiosos; a notícia espalhou-se no sertão e os pontos identificados atraíram garimpeiros à procura da pedra branca e pesada.

Como Prefeito de Currais Novos, José Bezerra aconselhava-se com seu pai. Sabia que a descoberta de minas no município traria riqueza para seu povo, mas estava preocupado com a chegada de aventureiros e a perturbação da ordem pública. Nada de concreto fora descoberto ainda, mas mãos esperançosas continuavam a girar a bateia. A seca castigava o sertão e famílias famintas chegavam à sede do município. Monsenhor Paulo Herôncio dedicava uma atenção especial aos necessitados, mas não conseguia suprir a todos; o êxodo rural era inevitável. José Bezerra estava ficando cansado do exercício do cargo; sentia-se impotente diante do sofrimento de seu povo.

Com o prolongamento da conversa, percebeu que algo não estava bem com Antônio Bezerra. Ele parecia doente, com um semblante encerado, pálido. Seu filho perguntou o que estava sentindo, ele tentou desconversar, mas diante da insistência da pergunta, contou a verdade. Achava que o problema era no fígado, consequência da bebida de anos antes. José Bezerra tomou as medidas necessárias e procurou os cuidados médicos. Levou-o para Natal e Recife.

Preocupado com a doença de seu pai, desligou-se das notícias da guerra. Foi surpreendido com a edição extraordinária do rádio. Nos dias 18 e 19 de agosto de 1942, submarinos alemães tinham torpedeado cinco navios brasileiros na costa nordestina, matando seiscentas e cinquenta e duas pessoas. Três dias depois, o Brasil declarou-se em estado de beligerância contra os países do Eixo. O temor de muitos concretizou-se. O país poderia ser atacado a qualquer momento. Natal, sediando uma base americana, tornava-se alvo potencial de ataque. O medo passou a tomar conta dos potiguares. O estado de alegria e entusiasmo da população cedeu lugar ao pavor de uma guerra, que se mantivera distante até aquele momento. Os black-outs tornaram-se uma constante e a construção de abrigos antiaéreos foi iniciada. A sirene, anunciando os exercícios de simulação de ataques, assustava a todos.

A guerra espalhava em seu rastro, mortos e feridos. Os cemitérios já estavam cheios. Médicos, enfermeiros e voluntários revezavam-se no socorro às vítimas civis e militares. Inebriado com as batalhas vencidas e na busca da purificação da raça alemã, Hitler deu asas a seus desvarios megalomaníacos, direcionou sua fúria contra os judeus, perseguindo-os, massacrando-os, submetendo-os a experiências, aglomerando-os em campos de concentração e extermínio. Os horrores praticados só seriam conhecidos após o final da guerra.

Enquanto o mundo digladiava-se, Antônio Bezerra travava uma batalha silenciosa com a doença que tomava seu corpo. José Bezerra também se abateu; sentia pelo destino de seu pai. Para tentar animá-lo, levou-o para passar alguns dias no engenho Capela, de Valdemar de Sá, pai de Yvete, em Ceará-Mirim. Ela, na quinta gestação, fazia de tudo para agradar seu sogro, mas nem o doce da cana serviu para amenizar os sintomas da doença.

Retornaram a Currais Novos, Antônio Bezerra queria estar em solo seridoense quando sua hora chegasse. Já bastante debilitado, longe de sua alegria costumeira, acomodou-se na casa de sua filha Amália. Em meio à tristeza da doença, respirou aliviado quando seu filho pagou a última parcela da hipoteca das fazendas. Estavam em dezembro de 1942. Depois de tudo que passara, desde sua ascensão e auge no comércio do algodão, à crise de 1929 e a decretação da falência, respirava, finalmente, aliviado. Como homem de caráter e bom sertanejo, tinha por dever honrar seus compromissos. Agora podia morrer sossegado.

Yvete não retornou a Currais Novos. Ficou junto aos pais, pois seu avô paterno, Boaventura de Sá, falecera recentemente. Como já estava bem pesada, não era conveniente ficar trafegando de um lado para outro. Tinha decidido fazer o parto em Ceará-Mirim, por causa dos constantes black-outs na Capital. José Bezerra passou a dividir as atenções entre seu pai e sua esposa, além de cuidar dos afazeres da municipalidade.

No dia 20 de fevereiro de 1943, Eleika veio ao mundo. A alegria de sua chegada foi abafada pela morte de Antônio Bezerra, que faleceu em Currais Novos, quatro dias após o nascimento de sua neta. A cirrose venceu a guerra. Triste e abatido, José Bezerra só conheceu sua filha após a cerimônia do enterro. Aos trinta e quatro anos, sentiu profundamente a ausência de seus pais, que partiram tão cedo, vítimas de doenças distintas. Graças aos ensinamentos transmitidos por eles, podia caminhar com seus próprios pés. Com a família crescendo, esperava desempenhar, com a mesma desenvoltura, a lição apreendida. Yvete sentiu bastante a morte do sogro. Identificava-se com ele, admirava seu jeito brincalhão e extrovertido. Um vazio tomou conta de seu ser. Observando sua filhinha, lembrou-se da predileção que ele dedicava a Haroldo. Tão logo restabeleceu-se, retornaram a Currais Novos.


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