As Olimpíadas de Tóquio 2020 (em 2021) marcaram um recorde de medalhas para o Brasil. Foram 21 pódios, sendo 7 de ouro, 6 de prata e 8 de bronze, colocando nosso país em 12º lugar no quadro geral de medalhas. Ficamos atrás apenas dos Estados Unidos, China, Japão, Grã-Bretanha, Rússia, Austrália, Holanda, França, Alemanha, Itália e Canadá.
Dentre os dezenove medalhistas de esportes individuais, seis são nordestinos. Ítalo Ferreira, Ana Marcela Cunha, Isaquias Queiroz, Hebert Conceição, a caçulinha Rayssa Leal e Beatriz Ferreira foram guerreiros dessa grande nação Brasil.
Isaquias Queiroz Ítalo Ferreira Rayssa Leal Ana Marcela Cunha Hebert Conceição Beatriz Ferreira
Mas o que isso tem de importância? Tem muito, muito mesmo!
No Brasil, o esporte não é valorizado como deveria. Os resultados desses atletas representam conquistas individuais, esforços de superação, muita determinação e uma vontade ferrenha de superar adversidades.
Quando se fala de atletas nordestinos, as adversidades são maiores ainda. Numa região pobre, em que a educação é deixada de lado e o esporte é muito pouco praticado, grande parte dos jovens e crianças estão sendo engolidos pela droga; fugir desse trivial é uma exceção.
O esporte serve como salvação e exemplo para aqueles que buscam um lugar ao sol. E o sol arde forte no Nordeste. A temperatura pouco oscila, o calor é uma constante e, talvez por isso, sirva como combustível e resistência para o corpo dos atletas.
Ítalo Ferreira começou a surfar com prancha de isopor em Baía Formosa. Hebert Conceição foi lavador de carro e atendente de padaria em Salvador. Isaquias cresceu em Ubaitaba, órfão de pai aos dois anos, sua mãe teve que dar duro para criar cinco filhos biológicos e quatro adotados; quando criança, sofreu queimadura em quase todo o corpo e perdeu um rim, nada disso foi empecilho para se tornar um bicampeão olímpico.
Além dos nordestinos, estão de parabéns Martine Grael, Kahena Kunze, Rebeca Andrade, a seleção brasileira de futebol masculino, Kelvin Hoefler, Pedro Barros, Daniel Cargnin, Fernando Scheffer, Mayra Aguiar, Luisa Stefani, Laura Pigossi, Alison dos Santos, Thiago Braz, Abner Teixeira, Bruno Fratus e a seleção brasileira de vôlei feminino; todos atletas que carregam no peito uma medalha ou duas, como Rebeca Andrade, essa ginasta de sorriso lindo estampado no rosto.
Juntos, os medalhistas e demais atletas que vestiram o uniforme do Brasil são exemplos para as novas gerações, inspiração para aqueles que acreditam nos benefícios do esporte e fazem um país torcer e vibrar junto na mais importante e diversificada competição esportiva do mundo.
Parabéns aos atletas medalhistas, vocês são campeões da vida! Que o Brasil desperte para a necessidade urgente de investimento em esportes e que essas carreiras vitoriosas sejam replicadas em Paris 2024.


Quadro de medalhas do Brasil
Medalha | Modalidade | Atleta |
Ouro | Surfe | Italo Ferreira |
Ouro | Vela | Martine Grael e Kahena Kunze |
Ouro | Ginástica Artística | Rebeca Andrade |
Ouro | Maratona Aquática | Ana Marcela Cunha |
Ouro | Canoagem | Isaquias Queiroz |
Ouro | Boxe | Hebert Conceição |
Ouro | Futebol masculino | Seleção brasileira |
Prata | Skate Street | Rayssa Leal |
Prata | Skate Street | Kelvin Hoefler |
Prata | Ginástica Artística | Rebeca Andrade |
Prata | Skate Park | Pedro Barros |
Prata | Boxe | Beatriz Ferreira |
Prata | Vôlei feminino | Seleção brasileira |
Bronze | Judô | Daniel Cargnin |
Bronze | Natação | Fernando Scheffer |
Bronze | Judô | Mayra Aguiar |
Bronze | Tênis | Luisa Stefani e Laura Pigossi |
Bronze | Atletismo | Alison dos Santos |
Bronze | Atletismo | Thiago Braz |
Bronze | Boxe | Abner Teixeira |
Bronze | Natação | Bruno Fratus |