No Rastro das Águas – Capítulo 28

(…) Decidiu levantar a cabeça e os negócios. Seu pai era uma figura muito querida em seu meio e ainda podia contar com vários amigos influentes. Depois da estiagem de 1932, José foi convidado a trabalhar como agente da firma de exportação de algodão, Lafayette & Lucena, mantendo a antiga freguesia de seu pai, com quem se associava. A época coincidiu com a retomada da valorização do algodão, que passou […]

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No Rastro das Águas – Capítulo 27

(…) No último mês do ano, em plena efervescência política, Jose Bezerra foi diplomado. Terminou o curso de Agronomia, mas não retornou imediatamente à sua terra. Devido ao desempenho verificado no decorrer do curso, e também por influência da família de sua noiva, foi nomeado para um patronato agrícola no interior de Minas Gerais. De passagem para fazenda Macacos, parou para observar o trabalho dos homens. Peles queimadas, braços fortes […]

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No Rastro das Águas – Capítulo 26

(…) O acontecido foi manchete nos diversos jornais do Estado e José Bezerra lia cada linha com muita atenção, envaidecido com a coragem dos potiguares. Relatando o acontecido à sua noiva, pôde perceber o crescente entusiasmo de sua interlocutora. Atenta a cada palavra, Dulce deu asas à imaginação e viu-se em meio ao tiroteio, fantasiando cenas de mocinhos e bandidos, como nos filmes de faroeste americano, em que travavam um […]

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No Rastro das Águas – Capítulo 25

(…) A viagem pelo litoral brasileiro serviu para incrementar seu amor à praia. Durante o percurso, a rapaziada não pôde deixar de presenciar, dia-a-dia, a disputa pela beleza de cada pôr-do-sol. Incrementavam o repertório para o romantismo das declarações de amor às jovens de então. Fotos foram tiradas e, com toda a energia da idade, planejavam as ações para os próximos quatro anos na capital mineira. A viagem no vapor […]

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No Rastro das Águas – Capítulo 24

(…) As férias estavam acabando e José tinha que planejar seu futuro. Os estudos ainda não eram muito bem aceitos pelos fazendeiros, mas as viagens constantes de seu pai tinham permitido que ele desfrutasse de uma visão mais progressista. Sob a influência de amigos e comerciantes, Antônio não teve dificuldade em convencer José a estudar Agronomia, em Belo Horizonte. Sua futura profissão contribuiria para levar à frente as atividades de […]

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No Rastro das Águas – Capítulo 23

(…) Na esfera familiar, Antônio Bezerra alcançava o ápice de sua carreira de comerciante, tendo acumulado uma fortuna considerável. Em 1924, construiu uma nova casa no lugar da antiga, de arquitetura arrojada para os padrões do município. Bem-humorado e conversador, sua casa logo virou ponto de parada para os ilustres seridoenses, em passagem por Currais Novos. Viajava constantemente, mas, quando estava em casa, primava pelas boas normas de educação e […]

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No Rastro das Águas – Capítulo 22

(…) Findos os anos no internato do Colégio Pio X, transferiu-se para concluir o preparatório em Natal, no Colégio Diocesano Santo Antônio, que funcionava no convento Santo Antônio, sendo, posteriormente, encampado pelos Irmãos Maristas. Não estranhou sua chegada à Capital; seu impacto maior já tinha sido anos antes, em João Pessoa, bem mais novo e inexperiente. Tanto que no colégio Santo Antônio começou a despertar seu lado político. Foi escolhido […]

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No Rastro das Águas – Capítulo 21

(…) Seus estudos prosseguiram no grupo escolar, entremeados pelas brincadeiras de que fazia parte. Certa vez, José resolveu participar da banda municipal, cujo presidente de honra era seu pai. A meninada reunida (Antônio Othon Filho, Sílvio Bezerra, Minéo, Antônio Chacon, Bila e Chico de Moisés Preto) resolveu fazer uma homenagem a um currais-novense peculiar. Seu Galvão era um pouco esquisito, só andava pelo meio da rua para não pisar na […]

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