Gustavo Sobral é jornalista e escritor. Adora Bossa Nova e o estilo
Bossa Nova. Nasceu em Natal, vive em Natal, escreve sobre Natal e as coisas daqui. No site dele, você pode baixar e ler livros como História da Cidade do Natal e Arquitetura Moderna potiguar.
Acesse o site www.gustavosobral.com.br e navegue por crônicas e ensaios sobre cultura, história e literatura. Aqui, além de nos proporcionar uma leitura levíssima, cheia de estilo, ele ainda nos presenteia com a ilustração de sua autoria.
Não era apenas um cantinho e um violão.
É que o jeito Bossa Nova, aquele doce balanço a caminho do mar, fez ponto de encontro na sala de estar e na varanda.
Pelas janelas, janelões e portas de vidro entrava o sol da manhã, se apreciava o luar, se via o mar, as árvores, a vida lá fora.
É que a Bossa Nova não era apenas um estilo musical. Era um estilo de vida. Nele, a despretensão, a amizade, o amor, a natureza e a contemplação.
Na forma, como um samba de uma nota só, foi, a princípio, arquitetura meio quadrada. Depois Niemeyer inventou a curva e ela se fez sinuosa.
E no espaço, bem, melhor abrir o álbum: Nara Leão e o violão naquele sofá confortável; Vinicius e Tom tomando uísque no terraço – on the rocks, como o poetinha gostava.
A despretensão estava na simplicidade com sofisticação. A amizade se exercia na reunião com os amigos, nos encontros festivos, seja na sala de estar, seja no terraço.
E o amor?! Ah! O amor andava pelas crônicas nos jornais, na poesia, na vida. E a natureza!? Bem, a natureza estava ali e entrava na casa pela vidraça.
A Bossa Nova era não só uma forma de viver, mas de sonhar. A arquitetura e o mobiliário sabiamente souberam abrigar muito bem o estilo que em nada se perde se inventarmos de copiar em tudo que ele era de bom.
Acesse também: Música em poesia, Descoberta musical, Sonhando juntos e Não nasci passarinho.
Visite os sites: http://www.viniciusdemoraes.com.br/ e http://www.niemeyer.org.br/.