The Line, foto capturada no site www.neon.com
Hoje tem início a Copa do Mundo da FIFA Catar 2022, vigésima segunda edição do torneio internacional de futebol masculino. O mundo esportivo voltado para um pequeno país árabe no Golfo Pérsico.
Como não sou muito ligada em futebol, aproveito para aprender um pouco mais sobre a história do país sede, diante dos diversos programas que o apresentam para o mundo. Confesso que fiquei impressionada com o crescimento vertiginoso do Catar nos últimos anos.
Fruto dos rendimentos de um dos maiores produtores mundiais de petróleo e gás natural – energias ainda predominantes para impulsionar a humanidade no último século.
O Catar é um país peninsular árabe, cuja paisagem abrange um deserto árido e um longo litoral no Golfo Pérsico, repleto de praias e dunas, em uma área total de apenas 11.437 km² (o dobro da área de nosso Distrito Federal no Brasil).
E a riqueza está sendo investida em construções de arranha-céus futuristas e arquitetura ultramoderna inspirada no antigo design islâmico, que podem ser vistos em sua capital Doha.
O Museu de Arte Islâmica, feito de calcário e localizado no calçadão à beira-mar da cidade, abriga uma das coleções mais abrangentes de arte islâmica do mundo, com obras-primas de todos os cantos do globo representando a diversidade encontrada na herança islâmica.
Se o mundo árabe se notabilizou pelo conhecimento na antiguidade, agora volta a se destacar pelo vanguardismo na arquitetura com projetos impressionantes para os padrões atuais.
Na Arábia Saudita – país vizinho ao Sul – a NEOM incorpora o espírito do futuro na visão do Príncipe Herdeiro, Sua Alteza Real o Príncipe Mohammed bin Salman.
Em julho de 2022, a NEOM anunciou seu mais audacioso projeto: THE LINE (A Linha), que redefine o conceito de desenvolvimento urbano e como devem ser as cidades do futuro. Com apenas 200 metros de largura, 170 quilômetros de extensão e 500 metros acima do nível do mar, THE LINE pretende acomodar 9 milhões de habitantes e será construída em uma área de 34 quilômetros quadrados, o que é inédito quando comparado a outras cidades de capacidade semelhante.
Isso, por sua vez, reduzirá a pegada de infraestrutura e criará eficiências nunca antes vistas nas funções da cidade. O seu clima ideal durante todo o ano irá garantir que os moradores possam desfrutar da natureza circundante ao viajar a pé. Os moradores também terão acesso a todas as instalações do THE LINE em uma caminhada de cinco minutos, além de um trem de alta velocidade com trânsito de ponta a ponta de 20 minutos.
THE LINE oferece uma nova abordagem para o desenho urbano: a ideia de sobrepor as funções da cidade verticalmente enquanto dá às pessoas a possibilidade de se moverem perfeitamente em três dimensões (para cima, para baixo ou através) para acessá-las – um conceito conhecido como Zero Gravity Urbanism. Diferente de apenas edifícios altos, este conceito sobrepõe parques públicos e áreas de pedestres, escolas, residências e locais de trabalho, para que se possa mover sem esforço para alcançar todas as necessidades diárias em cinco minutos.
As histórias de Mil e uma noites parecem se repetir na Península Arábica, onde oásis de sonhos a serem concretizados brotam nas areias do deserto através da fortuna que o domínio de uma fonte energética é capaz de criar.
Leia também: Futuro que se faz presente, Assim deveriam ser as bibliotecas, Eu vou para Shangri La.
2 comments
Uma bela aula sobre um emirado / país persa.
Muito obrigada Carlos!